7.2 LIÇÕES DAS TEORIAS SÓCIO-CONSTRUTIVISTAS NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM
Ao citar Construtivismo, MATUI (195, p. 32 ) o definiu como sendo "um sistema de epistemologia que fundamenta a construção da mente e do conhecimento sobre saberes anteriores". Considerando tal afirmação, entende-se que o conhecimento não é algo situado fora do indivíduo, a ser adquirido por meio da cópia do real, tampouco algo que o indivíduo constrói independente da realidade exterior, dos demais indivíduos e de suas próprias capacidades pessoais.
Para Vigotshi, o desenvolvimento é um processo que se dá de fora para dentro. É no processo de ensino e aprendizagem que ocorre a apropriação da cultura e o consequente desenvolvimento do individuo. (apud BOCK, 2002, p. 124). Nessa perspectiva, os alunos apresentam uma diversidade de conhecimentos prévios e cada qual possui um repertório distinto.
É a partir desses conhecimentos que se dá o contato com o novo conteúdo, atribuindo-lhe significado e sentido que são os fundamentos para a construção de novos significados. Com isso, a realidade torna-se conhecida quando se interage com ela, modificando-a física e/ou mentalmente. A interação permite interpretar a realidade, construir significados e, também, construir novas possibilidades de ação e de conhecimentos. Essas idéias, construídas e transformadas são expressões de inteligência, que é a capacidade do indivíduo de resolver problemas, estabelecer relações, para compreender e inventar. (FALCÂO, 1989, p.234).
Os alunos possuem conhecimentos prévios de mundo , já são contadas histórias orais e escritas por pais e avós , já são ensinadas a matemática utilizada na compra de supermercado , a química da receita de bolo e na bula de remédio etc... A escola só sistematiza os conhecimentos em Empírico, teológico, filosófico e cientifico , colocando as crianças em séries diferentes de acordo com a sua habilidade e competência ligadas as sua s idades psicológicas, sociológicas e cronológica.
Ambas histórias são importantes para desenvolver na criança o seu espírito individualista e cooperativista na sociedade , a diferença é que a família informar crianças para conviver moralmente em uma sociedade democrática , já escola forma cidadãos que reflitam e critiquem os erros sociais seus e de outras pessoas e valorizem as virtudes humanas em todos os meios sociais.
“A leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra e a leitura desta implica a continuidade da leitura daquela.” (FREIRE, 1982).
As crianças já são levadas a lerem e escreverem fábulas desde de cedo por seus pais e avós , que utilizam esta por que percebem a similidade dos caráteres morais e imorais, das causas e consequências boas ou ruins dos animais presentes na fábula que ao mesmo tempo diferencia por causa do fato do s animais latir, ruivar , mugir, andar sem roupas e semelhantes , valorizar a individualidade , cooperativismo, a vaidade, humildade, coragem, desprezo , ousadia e solidariedade. A Fábula fazem com que a criança , que ao mesmo tempo em que encanta com personagens protagonistas e antagonistas com personalidades distintas, roteiros dependentes e independentes a drama, conflitos entre seres humanos e animais antropomorfos e finais surpreendentes.
A Pedagogia se envolve no mundo da Fábula , pois este estimula a criança a reconhecer que há elementos similares a vida real, como caráter, conflitos e resolução destes, porém estimula os pequenos a reconhecer que a magia empregada neste texto é para incutir o julgamento dos valores morais presentes em toda realidade humana .
7.3 A IMPORTÂNCIA DA FÁBULA NO PROCESSO ENSINO E APRENDIZAGEM
O fato de a fábula ser um produto espontâneo do ser humano, ela constitui em si, uma alegoria que tem dupla finalidade: instruir e divertir. Tal finalidade encerra sempre uma grande filosofia e uma verdade moral,na qual, segundo a ENCICLOPÉDIA BRASILEIRA ( 199, p. 2171) " o enredo é vivido entre animais, pessoas, personagens mitológicos deuses e outros seres imagináveis e não só com animais e/ ou seres inanimados (apólogos), como também não só representados por homens como é o caso da parábola, mas sim numa mistura de personagens a fim de não impor limites à alma do fabulista. Sendo a fábula um produto natural do ser humano, o professor poderá utilizá-la para desenvolver o senso crítico do educando, com a intenção de faze-lo refletir sobre as mensagens transmitidas.
A moral contida nas fábulas é uma mensagem animada e colorida. E, como se sabe, uma estória contém moral quando desperta valor positivo no homem. Acredita-se que a estória, ao ser imposta à criança com a finalidade puramente intuitiva, não permite que ela tenha interesse pela mensagem. (MACHADO, 1964, p.58).
A moralidade nas histórias como as fábulas é essencial, pois o mundo necessidade de normas para se organizar, e fábula faz o papel de criadora e executora de conteúdos interdisciplinares e extracurricular que facilitam a assimilação de todos os conhecimentos humanos , e com isso a criança percebe que como as fábulas , as organizações humanas criam regras através das quais , a família pune ou absorve os filhos segundo os atos bons ou maus , as doutrinas religiosas que fazem conhecer a origem do bem e do mal , as causas e consequências boas ou ruins ao se cometer virtudes ou pecados e nas normas cientificas quando fazemos experiências e trabalhos acadêmicos , individualidade e cooperativismo, a seriedade, rigor e ética ,desde a sua produção á sua apresentação.
Para terem estórias moralizadoras, é preciso fazê-las com amor para que atinjam diretamente a alma do leitor, a sua imaginação, a sua sensibilidade, para que seja alcançada e sentida a beleza e, com ela, a moral implícita, e, neste âmbito, a estória fabulosa torna-se um excelente recurso, pois diverte, educa e instrui a criança naturalmente, despertando alegria e emoção nela, prendendo sua atenção e realizando suas finalidades educativas.(ARRUDA. Soraya da Silva, O uso das fábulas no processo de ensino e aprendizagem no ensino fundamental. administradores.com.br. 2010)