Sugiro uma atividade intertextual de Literatura Infantil para os alunos do 5 ano do ensino fundamental, tendo como base a pesquisa do professor Rildon Cosson, pesquisador do Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita (CEALE) da UFMG, onde ele propôs uma metodologia desde 1994 e 1995, que sistematizou atividades de aulas de Literatura em duas seqüências, uma básica e outra expandida para o processo de ensino aprendizagem no ensino fundamental
Um Trabalho pedagógico com adaptações para o Ensino Fundamental necessita de quatro etapas: motivação, introdução, leitura e interpretação. A motivação consiste em preparar o aluno para entrar em contato com o texto, proporcionando um bom encontro, uma aproximação do leitor com a obra. Os elementos a serem trabalhados são: o tema do livro e a estrutura do texto. Qual é o tema do livro, religião, romance , aventura, alto ajuda , qual a estrutura do livro ,qual o roteiro , a personalidade de cada personagem, os conflitos e o clímax ou resoluções de problemas de cada personagem principal e secundário. É de grande importância incentivar os alunos a procurar elementos intertextuais em outros livros que contenham estrutura e/ou temática semelhantes à da obra escolhida. Esta atitude do professor ajudara o aluno a melhorara a sua criatividade, todas as etapas do projeto são interdependentes entre si.aplicação dessa ser muito curto, no máximo uma aula. Uma sugestão é o aluno fazer com a intervenção do professor uma analise literária, psicológica e sociologica e histórica da versão romântica de Chapeuzinho Vermelho de autores romanticos comparando com a da versão de autores realistas e da versão da Cigarra e Formiga da idade antiga e a versão contemporânea de alguns autores brasileiros.
A introdução, por sua vez, consiste na apresentação do autor e da obra e, como a etapa da motivação, deve ser breve. Na introdução, que deve ter a duração de uma aula, é interessante que o professor traga algumas informações básicas sobre o autor do livro escolhido para o trabalho em sala, vinculadas à obra trabalhada. A introdução deve trazer informações sobre o autor e a obra escolhida, justificando-se a sua escolha, a fim de atenuar a impressão de imposição da leitura. É de grande importância os alunos conhecerem a biografia do autor , que contém um breve histórico sobre a vida do autor.
A terceira etapa do método é a da leitura propriamente dita. O professor deve observar, acompanhar, escutar, aplicar algumas sugestões de alunos e dar sugestões sobrea leitura e diagnosticar o nível de leitura de cada alunos, mas sem rotular a melhor ou pior leitura , a fim de auxiliá-los em suas dificuldades, como por exemplo, vocabulário, será que o aluno compreendeu a aplicação etimológica das palavras em vários tipos de leitura, ritmo de leitura, a leitura é lenta , rápida ou com boa dicção, interação com o texto, o aluno compreendeu a intenção intertextual do autor, estrutura composicional, o aluno compreendeu o roteiro, a personalidade década personagens, seus conflitos e resoluções de problemas.
A última etapa da interpretação, o momento da construção do sentido do texto e, por isso, a etapa mais importante do método. A partir das informações reunidas nas duas etapas anteriores, os alunos farão inferências, quando o sentido do texto começa a ser construído. A interpretação pode ser pensada em dois momentos: a interpretação interior e a interpretação exterior, resultantes do processo desenvolvido nas duas etapas iniciais do método, quando o aluno teve a oportunidade de começar a decifrar a obra até chegar à concretização da interpretação como ato de construção do sentido.Deve o aluno pesquisar o sequinte do autor original e o adaptador de seus contos , o seu nascimento, a sua personalidade , o seu relacionamento informal com a família e amigos, a sua influencia e a sua contribuição literária, pedagógica , histórica, religiosa e cientifica do autor com as pessoas da sociedade em que vivia e da sociedade contemporânea .
A justificativa não deve trazer a síntese da obra, preservando, assim, o prazer da descoberta do aluno. Ao compartilhar com os alunos suas certezas, dúvidas e também suas dificuldades, o professor aproxima o aluno da obra e supera a visão autoritária das leituras impostas, como ainda se vê nas aulas de Literatura.O professor deve realizar uma “pré-leitura” coletiva dos aspectos principais do livro, levantando hipóteses e incentivando os educandos a comprová-las ou refutá-las após o término da leitura integral, justificando as razões da primeira impressão.
Na historia de Chapeuzinho Vermelho de autores realistas e romanticos , o lobo é apenas um animal faminto ou um estuprador de crianças, se Chapeuzinho desobedeceu a sua mãe e mesmo assim foi salva pelo caçador , será que é correto , sim ou não ela ficar impune.Depois de uma analise oral da estória, os alunos deverão registrar as atividades desenvolvidas. O registro varia de acordo com o tema do livro, a idade do aluno.
Os registros poderão ser Músicas, resenhas, maquetes, “performances”, feira do livro e júri simulado para os mas desinibidos e diário anônimo para aqueles que são mais tímidos, cabendo ao professor definir qual a mais adequada ao contexto de seus alunos.O professor deverá levar em conta as fases de leitura ,as fases psicológicas e psicanalistas de cada aluno antes de fazer tal atividade. A principal finalidade dessa etapa é, segundo Cosson (2006, p.68), “dar ao aluno a oportunidade de fazer uma reflexão acerca da obra lida e externalizar essa reflexão de forma explícita, permitindo o estabelecimento do diálogo entre os leitores da comunidade escolar”.
O aluno através da intervenção pedagógica do professor deve analisar os pontos positivos e negativos da história lida em relação a sua contribuição para a Comunidade escolar. O aluno deve falar com boa dicção, usar de assimilações e diferenciações entre a obra lida e outra semelhante, para que então a comunidade que é feita de pessoas instruídas ou não entendam sem nenhum problema a sua mensagem e da obra do autor escolhido.Durante a motivação, o professor deve conversar com os alunos se há mas semelhança ou diferenciação do mundo ficcional dos contos de fadas com o mundo real da sua vida.